7 de novembro de 2025
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Diálogo regional do Balanço Ético Global reúne líderes asiáticos para discutir ações climáticas

 Diálogo regional do Balanço Ético Global reúne líderes asiáticos para discutir ações climáticas

Foto: Reprodução

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Realizado na última segunda-feira (1º) em Nova Déli, Índia, o terceiro diálogo regional do Balanço Ético Global (BEG) reuniu representantes da Ásia para debater questões éticas relacionadas às ações contra as mudanças climáticas. O encontro contou com a participação de 22 líderes de diversos setores e foi conduzido pelo ativista Kailash Satyarthi, vencedor do Prêmio Nobel da Paz.

O BEG integra uma série de quatro círculos de mobilização social preparatórios para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Durante o diálogo, os participantes refletiram sobre a urgência de implementar os acordos internacionais já firmados para enfrentar a crise climática.

Para a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o encontro foi fundamental para ouvir diferentes grupos, incluindo cientistas, mulheres, jovens e comunidades locais, ressaltando a necessidade de compromissos efetivos contra a emergência climática. “Esse é o momento de olhar para a crise com responsabilidade e agir com base nos compromissos assumidos”, afirmou.

Entre os temas discutidos, estiveram os esforços para triplicar a geração de energia renovável, dobrar a eficiência energética, acabar com o desmatamento e a dependência dos combustíveis fósseis, além de enfrentar os impactos sociais e econômicos que as mudanças climáticas provocam nas populações mais vulneráveis.

Kailash Satyarthi destacou a gravidade da situação: “Nosso planeta está em chamas. Precisamos deixar para trás o ‘mais do mesmo’ e agir imediatamente, transformando nosso modo de vida e promovendo uma cooperação global inédita.”

A ministra Marina Silva ressaltou que o BEG promove debates transparentes e democráticos, buscando soluções práticas para apoiar os países que enfrentam os maiores riscos da crise climática. “Queremos trazer à tona a realidade vivida nas comunidades afetadas, além dos dados e gráficos técnicos”, explicou.

O diálogo da Ásia foi o terceiro de uma série de seis encontros regionais. Já ocorreram os diálogos da Europa, em Londres, liderado pela ex-presidente irlandesa Mary Robinson, e das Américas do Sul, Central e Caribe, em Bogotá, conduzido pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet. Os próximos serão na África, com a ativista queniana Wanjira Mathai, e na América do Norte, sob liderança da estadunidense Karenna Gore.

Além desses encontros, a iniciativa incentiva que organizações da sociedade civil e governos locais promovam diálogos autogeridos utilizando a mesma metodologia. Segundo o embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, “nas negociações internacionais, só os países falam, mas o que realmente importa são as pessoas”.

Cada diálogo regional resultará em um relatório com as contribuições coletadas, que serão consolidadas em um documento final a ser apresentado na COP30, que ocorrerá em Belém. Marina Silva destacou que o BEG já tem reunido importantes contribuições das diferentes regiões para as negociações internacionais.

Por Paraíba Master

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