10 de setembro de 2025
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Condenado a mais de 24 anos: homem que matou companheira a facadas é sentenciado em São Bento

 Condenado a mais de 24 anos: homem que matou companheira a facadas é sentenciado em São Bento

Foto: Gecom/TJPB

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Um crime marcado por brutalidade e motivado por ciúmes teve desfecho na Justiça nesta quarta-feira (10). O Ministério Público da Paraíba obteve a condenação de Elivaldo Alves dos Santos, sentenciado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato da companheira, Maria Lúcia Dias de Oliveira. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de São Bento, com atuação firme do promotor de Justiça Ernani Lucas Menezes.

De acordo com informações do Portal do MPPB, o crime ocorreu em fevereiro deste ano, no município de Paulista, Sertão paraibano, e chocou a comunidade local. Elivaldo invadiu a residência da vítima durante a madrugada e a atacou com golpes de arma branca. Apesar de ter sido socorrida com vida, Maria Lúcia não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no hospital.

Durante o julgamento, o Conselho de Sentença acatou integralmente a denúncia do Ministério Público, que sustentou a acusação com base em provas de autoria e materialidade, além de três qualificadoras: motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio — o que resultou na pena elevada.

Segundo relatos trazidos no processo, inclusive da própria filha do casal, Elivaldo já demonstrava comportamento agressivo há algum tempo, especialmente sob efeito de álcool. Ainda segundo o depoimento, cerca de 20 dias antes do crime, o acusado chegou a ameaçar a vítima de morte, o que acabou se concretizando semanas depois.

Na noite do crime, Maria Lúcia tentou avisar a filha de que estava sendo importunada pelo companheiro, que chegou a arrombar a janela da casa. Quando a filha retornou à residência, encontrou a mãe ferida no chão da cozinha. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas infelizmente a vítima não resistiu.

O juiz responsável pelo caso determinou que Elivaldo Alves cumpra a pena em regime inicialmente fechado, na cadeia pública de Catolé do Rocha, onde seguirá custodiado.

O caso reforça a importância do combate à violência doméstica e da atuação firme das instituições de Justiça no enfrentamento ao feminicídio, um crime que continua vitimando mulheres em todo o país por razões ligadas a gênero.

Por Paraíba Master

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