16 de setembro de 2025
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Dólar abaixo de R$5,30 é inédito desde 06/06/24 — Saiba mais

 Dólar abaixo de R$5,30 é inédito desde 06/06/24 — Saiba mais

Foto: reprodução

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O dólar comercial voltou a cair no Brasil nesta terça-feira (16) e fechou abaixo dos R$ 5,30, um patamar que não era registrado desde junho de 2024. A moeda americana à vista terminou o dia cotada a R$ 5,2987, acumulando a quinta sessão consecutiva de queda e reforçando o otimismo do mercado com o cenário internacional e as sinalizações da política econômica do governo brasileiro.

Segundo informações da Reuters, o principal fator que vem pressionando o dólar para baixo é a expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anuncie um corte na taxa de juros ainda esta semana. Os investidores estão atentos ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, previsto para esta quarta-feira (17), o qual pode confirmar a mudança na política monetária americana diante da desaceleração econômica e do enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA.

Além do movimento global, a queda do dólar no Brasil também foi impulsionada pelas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reafirmou nesta manhã o compromisso do governo com as metas fiscais para 2025 e 2026. Em evento do grupo financeiro J. Safra, Haddad reforçou a importância do alinhamento entre o Executivo e o Congresso Nacional para garantir a responsabilidade fiscal e a estabilidade econômica do país.

Veja as cotações atualizadas desta terça-feira (16):

  • Dólar comercial

    • Compra: R$ 5,297

    • Venda: R$ 5,298

  • Dólar turismo

    • Compra: R$ 5,330

    • Venda: R$ 5,510

De acordo com o movimento observado nos mercados globais, o dólar também atingiu o menor nível em meses frente à libra esterlina e ao euro, e caiu para o menor patamar em 10 meses diante do dólar australiano, reforçando o sentimento de que a fase de juros altos nos EUA pode estar chegando ao fim.

A queda acumulada do dólar em 2025 já chega a 14,25%, indicando um movimento de valorização do real frente à moeda americana, beneficiando setores como importação, viagens internacionais e controle da inflação.

Ainda segundo a Reuters, analistas alertam que o comportamento da moeda nos próximos dias dependerá diretamente do tom adotado pelo Fed e da continuidade dos sinais positivos do governo brasileiro em relação ao equilíbrio fiscal.

Por Paraíba Master

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