23 de setembro de 2025
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Processo contra Eduardo Bolsonaro pode durar até 40 dias, estima presidente do Conselho de Ética

 Processo contra Eduardo Bolsonaro pode durar até 40 dias, estima presidente do Conselho de Ética

Foto: Reprodução

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve iniciar nesta terça-feira (23) o processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A representação foi apresentada pelo líder do PT na Casa, deputado Lindbergh Farias (RJ), que acusa o parlamentar de ter atuado no exterior contra os interesses e a soberania do Brasil.

O presidente do Conselho de Ética, deputado Fabio Schiochet (União Brasil-SC), prevê que a tramitação do caso levará entre 35 e 40 dias, considerando os prazos regimentais e eventuais diligências.

“Hoje ocorre apenas a instauração e o sorteio de três possíveis relatores. Em seguida, escolho um deles para conduzir o processo, o que deve levar cerca de uma semana”, explicou Schiochet à CNN Brasil. Segundo ele, o relator terá inicialmente até dez dias para analisar o caso, podendo nesse período solicitar oitivas, ouvir testemunhas e tomar o depoimento do deputado denunciado.

O parlamentar designado como relator não poderá ser do mesmo partido do acusado, o PL, nem do partido do autor da denúncia, o PT.

Etapas do processo

Conforme as regras do Conselho de Ética, após o relator apresentar seu parecer preliminar, a defesa de Eduardo Bolsonaro terá dez dias úteis para se manifestar por escrito, indicar provas e apresentar até oito testemunhas.

Caso o relator avalie que há indícios suficientes para uma penalidade mais severa, como a perda do mandato, será aberto um novo prazo de até 40 dias úteis para a realização de diligências e instruções complementares.

O parecer final poderá recomendar desde uma advertência por escrito até a cassação do mandato parlamentar. A decisão definitiva caberá ao plenário da Câmara dos Deputados.

A representação contra Eduardo Bolsonaro ocorre em meio a outras controvérsias envolvendo o nome do deputado, que recentemente teve sua indicação à liderança da minoria na Casa rejeitada. A recusa poderá comprometer sua permanência no cargo por faltas regimentais, somando-se ao atual processo em análise no Conselho de Ética.

Por Paraíba Master

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