24 de setembro de 2025
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Lula cobra países desenvolvidos por novas metas climáticas e diz que COP30 será “a COP da verdade”

 Lula cobra países desenvolvidos por novas metas climáticas e diz que COP30 será “a COP da verdade”

Foto: reprodução

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, nesta quarta-feira (24), um apelo para que os países desenvolvidos apresentem novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), com metas atualizadas de redução de emissões de gases de efeito estufa, como previsto no Acordo de Paris. O discurso ocorreu durante o Evento Especial sobre Clima para Chefes de Estado e de Governo, na sede da ONU, em Nova Iorque.

Segundo Lula, as novas NDCs serão fundamentais para os debates que ocorrerão na COP30, marcada para novembro de 2025, em Belém (PA).

“A transição energética abre as portas para uma transformação produtiva e tecnológica equiparável à revolução industrial. As NDCs são o mapa do caminho que guiará cada país nessa mudança. Elas não são meros números ou percentuais, são uma oportunidade para repensar e reorientar a política e investimentos rumo a um novo paradigma econômico”, afirmou o presidente.

De acordo com o Agência Brasil, Lula defendeu que as nações ricas antecipem suas metas de neutralidade climática e ampliem o acesso a recursos e tecnologias para os países em desenvolvimento.

“COP da verdade”

Ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres, Lula co-presidiu o evento e disse que a conferência em Belém será decisiva para medir o real compromisso dos países no combate à crise climática.

“A COP30 é a COP da verdade. Ela vai ter que dizer se acreditamos ou não no que a ciência está nos mostrando”, discursou.

O presidente afirmou que o Brasil pretende mostrar ao sediar a conferência na Amazônia que não há como preservar a natureza sem cuidar das pessoas, nem como transformar a relação com o planeta sem a participação de diferentes atores sociais.

Críticas ao negacionismo

Lula também criticou o negacionismo climático e o que chamou de “negacionismo multilateral”, apontando riscos ao sistema internacional de compromissos globais.

“Muros nas fronteiras não vão conter secas e tempestades. A natureza não se curva a bombas nem a navios de guerra. Nenhum país está acima do outro”, disse, ao alertar para os riscos do unilateralismo.

Compromissos do Brasil

Durante o discurso, o presidente reafirmou os compromissos brasileiros: reduzir entre 59% e 67% as emissões de gases do efeito estufa até 2035, em comparação com os níveis de 2005, e zerar o desmatamento até 2030.

Por Paraíba Master

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