Paulinho da Força busca acordo para salvar proposta que revisa penas dos condenados por atos antidemocráticos

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O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator da proposta que prevê a revisão das penas impostas aos condenados por atos antidemocráticos, intensificou a articulação política nos últimos dias. A estratégia é garantir a continuidade da tramitação do projeto mesmo após uma eventual aprovação na Câmara dos Deputados, evitando que ele tenha o mesmo destino da PEC da Blindagem, que foi arquivada no Senado.
Nesta semana, o parlamentar retomou a agenda de reuniões com lideranças partidárias e afirmou que a matéria só será votada se houver um entendimento prévio entre a Câmara e o Senado. Segundo ele, deputados têm demonstrado resistência em levar a proposta ao plenário sem esse acordo institucional. A expectativa de Paulinho é conseguir colocar o projeto em votação já na próxima terça-feira, 30 de setembro.
Na quarta-feira (24), Paulinho da Força se reuniu com representantes do PT, PSDB, Federação União/PP e Podemos. Durante a conversa com a bancada do União Brasil e do PP, ficou evidente o desconforto dos parlamentares com o desgaste político gerado pela tramitação da proposta, que tem sido alvo de críticas públicas.
Em meio às negociações, o relator também sinalizou que a votação da reforma do Imposto de Renda pode ser afetada caso o projeto relatado por ele não avance. “Acho que, se não votar isso, não vota nem IR”, declarou.
Paulinho informou que pretende se reunir ainda nesta quinta-feira (25) com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir o calendário de votações. A intenção é garantir espaço na pauta da próxima semana, já que o dia 1º de outubro está reservado para a votação do projeto que amplia a isenção do IR para contribuintes com renda de até R$ 5 mil.
Por Paraíba Master