Impasses entre líderes do Congresso travam avanço do PL da Anistia

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As divergências entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), têm impedido o avanço do Projeto de Lei da Anistia no Congresso Nacional. A relação conturbada entre os dois parlamentares ganhou novos capítulos após a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Blindagem ser aprovada na Câmara, mas rejeitada pelo Senado — acirrando ainda mais os ânimos entre as duas Casas.
Parlamentares apontam que o PL da Anistia só deverá progredir quando houver uma reaproximação entre Motta e Alcolumbre. Uma reunião que poderia marcar o início do diálogo foi desmarcada por ambos, e até o momento não há previsão para uma nova tentativa de encontro.
Centrão sob pressão
O presidente da Câmara tem enfrentado críticas desde as manifestações ocorridas no último domingo, que ampliaram o desgaste político em torno do projeto. A tensão aumentou quando um acordo firmado entre líderes da Casa para viabilizar a tramitação do PL não foi cumprido, gerando exposição negativa para o Centrão e para os parlamentares envolvidos nas articulações.
O receio de que o texto, mesmo aprovado na Câmara, possa ser novamente rejeitado no Senado também contribui para o impasse. Partidos do centro avaliam com cautela os próximos passos, diante da resistência de algumas legendas ao conteúdo da proposta.
Mediação em compasso de espera
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto, tem atuado como articulador na tentativa de reduzir as tensões e encontrar um terreno comum para retomar as negociações. No entanto, a falta de entendimento entre os chefes das Casas Legislativas e o clima de desconfiança generalizada dificultam a construção de um consenso.
Sem perspectiva de acordo a curto prazo, o PL da Anistia segue parado, à espera de um cenário político mais favorável.
Por Paraíba Master