10 de novembro de 2025
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Padilha critica restrição de visto pelos EUA e defende combate ao negacionismo em evento da Opas

 Padilha critica restrição de visto pelos EUA e defende combate ao negacionismo em evento da Opas

Foto: reprodução

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou nesta segunda-feira (29) a decisão do governo dos Estados Unidos de restringir seu visto, o que o impediu de participar presencialmente do 62º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington. O evento reúne até sexta-feira (3) autoridades de saúde das Américas.

“Não precisamos de restrição a autoridades, nem bloqueios a países. O que precisamos é restringir as doenças, como o sarampo que se espalha a partir da América do Norte”, declarou Padilha, que participou da conferência por videoconferência.

Durante o discurso, o ministro também criticou políticas de desinformação e negacionismo na área da saúde. “Nada impedirá o Brasil de agir diante do negacionismo. De acordo com o Agência Brasil, quando o negacionismo é impulsionado por líderes de governo, vimos isso na pandemia da covid-19, milhares de vidas e a unidade entre as nações são perdidas”, afirmou.

Padilha destacou ainda a importância do financiamento de pesquisas em imunização e condenou os cortes em programas de vacinação. Segundo ele, o Brasil tem retomado a cobertura vacinal após seis anos de queda e pretende ampliar a cooperação científica nas Américas.

O ministro aproveitou para defender políticas públicas implementadas pelo governo federal, como a expansão do Mais Médicos, o programa Agora Tem Especialistas, a redução da transmissão vertical do HIV e a queda de 75% nas mortes por dengue em 2025.

Outro ponto levantado foi a necessidade de adaptação dos sistemas de saúde aos riscos ambientais. Padilha defendeu a participação internacional na COP30, em novembro, em Belém (PA), para discutir os impactos das mudanças climáticas na saúde.

“As portas do Brasil estão abertas à ciência e à inovação”, afirmou o ministro, que convocou instituições e empresas de biotecnologia, especialmente da área de vacinas de RNA mensageiro, a ampliarem suas atividades no país.

Por Paraíba Master

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