10 de outubro de 2025
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OMS Alerta: Hipertensão já atinge 1,4 bilhão de pessoas e causa mais de mil mortes por hora no mundo

 OMS Alerta: Hipertensão já atinge 1,4 bilhão de pessoas e causa mais de mil mortes por hora no mundo

Foto: Getty Images

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o seu segundo Relatório Global sobre Hipertensão, revelando que cerca de 1,4 bilhão de pessoas viviam com a doença em 2024. O documento foi apresentado durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova Iorque.

De acordo com informações do Portal das Nações Unidas, a hipertensão continua sendo uma das principais causas de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças renais e demência, condições que poderiam ser prevenidas com diagnóstico e tratamento adequados.

O relatório mostra um quadro preocupante: 99 países têm taxas de controle da hipertensão abaixo de 20%, e a maioria das pessoas afetadas vive em nações de baixo e médio rendimento, onde os sistemas de saúde enfrentam falta de recursos e de acesso a medicamentos essenciais.

“A cada hora, mais de mil vidas são perdidas por ataques cardíacos e AVCs causados pela hipertensão, e a maioria dessas mortes é evitável”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Entre as principais barreiras destacadas pelo relatório estão a ausência de políticas públicas consistentes, falta de aparelhos de medição acessíveis, escassez de profissionais e alto custo dos medicamentos. Apenas 28% dos países de baixa renda informaram disponibilidade de todos os remédios recomendados pela OMS, enquanto em países de alta renda esse número chega a 93%.

O impacto econômico também preocupa. Segundo o levantamento, entre 2011 e 2025, as doenças cardiovasculares terão custado US$ 3,7 trilhões aos países de baixa e média renda — o equivalente a cerca de 2% do PIB combinado dessas nações.

Apesar do cenário crítico, o relatório aponta avanços importantes em países como Bangladesh, Filipinas e Coreia do Sul, que conseguiram ampliar o controle da hipertensão ao integrar o tratamento nos serviços públicos e reduzir o custo dos medicamentos.

A OMS reforça o apelo para que todos os países incluam o controle da hipertensão como prioridade nas reformas de saúde pública. A organização estima que, com políticas adequadas e acesso garantido aos tratamentos, milhões de vidas podem ser salvas todos os anos.

Por Paraíba Master 

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