16 de outubro de 2025
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Trump admite operação secreta na Venezuela: CIA recebeu aval para eliminar aliados de Maduro

 Trump admite operação secreta na Venezuela: CIA recebeu aval para eliminar aliados de Maduro

Foto: reprodução

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou secretamente a CIA a realizar operações clandestinas na Venezuela, intensificando a já tensa relação entre os dois países. Segundo informações divulgadas pelo Brasil de Fato, a permissão inclui ações diretas contra o governo de Nicolás Maduro, o que na prática representa liberdade para eliminar alvos estratégicos no país sul-americano, inclusive membros do alto escalão do governo.

De acordo com a reportagem, o plano teria sido arquitetado por Marco Rubio, então secretário de Estado, com o apoio do ex-diretor da CIA, John Ratcliffe, com o objetivo de promover a derrubada de Maduro. Navios de guerra e submarinos dos EUA já estão posicionados no Caribe, e a CIA estaria autorizada a agir não apenas de forma isolada, mas também em coordenação com possíveis operações militares. A movimentação é apresentada pelos EUA como combate ao narcotráfico, mas Caracas denuncia como “ameaça real à soberania” e “pretexto para uma invasão”.

Em resposta, o governo venezuelano iniciou uma ampla mobilização militar em áreas estratégicas de Caracas e do estado de Miranda, com exercícios voltados para a defesa de escolas, hospitais e comunidades. Maduro classificou as ações americanas como a “ameaça militar mais letal da história recente da América Latina” e acusa os EUA de tentar saquear os recursos naturais da Venezuela. Autoridades venezuelanas ainda denunciam que pequenos barcos foram atacados por tropas americanas, em ações consideradas “execuções extrajudiciais”.

A notícia reacende o debate sobre o histórico de intervenções da CIA na América Latina, como no golpe de 1964 no Brasil, a tentativa de assassinato de Fidel Castro, o apoio ao golpe no Chile em 1973 e as ações na Nicarágua na década de 1980. Esses episódios evidenciam a presença ativa da agência em operações que desestabilizaram governos democraticamente eleitos ao longo do século XX.

Enquanto isso, a confirmação de Trump reforça a preocupação internacional com os limites da atuação de agências de inteligência e os riscos que essas operações sigilosas representam para a paz regional, especialmente num cenário de crescente tensão militar no continente.

Por Paraíba Master

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