Sala de Leitura Quilombola Prof. Luciene Tavares leva juventude e educadoras de Caiana dos Crioulos à COPENE em Salvador
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A Sala de Leitura Prof. Luciene Tavares, do Quilombo Caiana dos Crioulos, em Alagoa Grande (PB), segue ampliando seu papel como espaço de formação, resistência, anunciamento e incidência política. Entre os dias 3 e 7 de novembro de 2025, o grupo participará do V Congresso de Pesquisadores(as) Negros(as) do Nordeste (COPENE-NE), que acontecerá na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador.
A comitiva é formada por quatro jovens Quilombolas Elidiane Alcides dos Santos, Elany de Lima Nascimento, Jacqueline do Nascimento Silva e Mikéssia da Silva Augusto, acompanhadas de suas coordenadoras: a pedagoga Quilombola Luciene Tavares e a antropóloga e educadora popular Marina Prado. O grupo foi convidado a integrar o Encontro de Comunidades Quilombolas: Saberes, Lutas e Territorialidades, além de
apresentar trabalho e participar de debates sobre “Quilombos, Territorialidades e Saberes Emancipatório”, incluindo Educação Escolar Quilombola e políticas públicas voltadas às juventudes negras Quilombolas.
Educação, cultura e incidência política
A Sala de Leitura Prof. Luciene Tavares nasceu como um espaço comunitário dedicado à leitura e à valorização da cultura Negra e Quilombola. Com o tempo, tornou-se um núcleo de referência em formação política e emancipatória, articulado à Organização de Mulheres Negras de Caiana (OMNC).
O espaço atua na promoção da Educação Quilombola, do protagonismo juvenil e da formação cidadã de Mulheres Negras Quilombolas, articulando escola, território e universidade. Desenvolve formações, oficinas, exposições, pesquisas, rodas de conversa e projetos diversos dedicados à agência da juventude e Mulheres Quilombolas, fortalecendo a identidade negra e o diálogo entre escola, território e universidade.
Entre seus projetos de maior impacto está o “Cumé que é? Enegrecendo Incidências Políticas nos Quilombos”, que fomenta formações sobre a Lei 10.639/2003, educação antirracista e direitos Quilombolas. A iniciativa teve como culminância uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba, ampliando o diálogo entre Quilombolas e poder público em torno da efetivação de políticas reparatórias.
Reconhecimento e continuidade das lutas
Para a antropóloga Marina Prado, a ida a Salvador representa “um reconhecimento do trabalho coletivo e da força da juventude Quilombola, que vem se afirmando como produtora de saber a partir de seus próprios territórios”. Já a professora Luciene Tavares destaca que “a participação no COPENE é mais do que uma viagem — é um ato de continuidade das lutas e dos sonhos de nossas ancestrais”.
Contato para imprensa e parcerias:
Instagram: @quilombolendocaiana
Prof. Luciene Tavares – (83) 99128-4205
Prof. Marina Prado – (83) 99197-2462
Quilombo Caiana dos Crioulos, S/N – Zona Rural, Alagoa Grande – PB
Por Paraíba Master com informações da Assessoria