8 de novembro de 2025
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Orbán afirma ter obtido isenção total de sanções dos EUA ao petróleo russo; Casa Branca nega caráter permanente

 Orbán afirma ter obtido isenção total de sanções dos EUA ao petróleo russo; Casa Branca nega caráter permanente

Foto: reprodução

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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou nesta sexta-feira (7) que os Estados Unidos concederam ao seu país uma isenção total e por tempo indeterminado das sanções impostas à importação de petróleo e gás russos. A declaração foi feita após uma reunião com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca. As informações são do Portal Terra.

Segundo Orbán, a autorização permitiria que a Hungria continue recebendo energia russa por meio dos gasodutos Druzhba e TurkStream, fundamentais para o abastecimento do país. A Hungria não possui saída para o mar e depende fortemente de oleodutos para suprir sua demanda energética.

Entretanto, um funcionário da Casa Branca, ouvido pela agência AFP sob condição de anonimato, afirmou que a isenção não é ilimitada, mas tem validade de um ano.

Sanções e contexto energético

No mês anterior, os Estados Unidos impuseram sanções às gigantes russas do setor petrolífero Rosneft e Lukoil, sob o argumento de que a Rússia não demonstrou avanços no compromisso com negociações de paz referentes à guerra na Ucrânia.

Orbán já havia sinalizado antes do encontro que buscaria convencer Trump a liberar a Hungria das restrições, citando a dependência energética do país. Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam que, em 2024, a Hungria dependia da Rússia para 74% do gás e 86% do petróleo consumidos internamente.

O FMI alertou ainda que um corte brusco no fornecimento de gás natural russo poderia gerar perdas superiores a 4% do PIB húngaro.

Relações entre EUA, Hungria e União Europeia

Trump afirmou que os líderes da União Europeia deveriam “respeitar” Orbán por sua postura em temas como imigração, elogiando a política interna conduzida pelo premier húngaro.

A Hungria também tem se posicionado contra o plano da Comissão Europeia de eliminar gradualmente a importação de gás russo até 2027, o que tem gerado fricções entre Budapeste e Bruxelas.

Além disso, o governo húngaro revelou planos para comprar barras de combustível nuclear dos Estados Unidos, que seriam usadas em usinas construídas pela Rússia, aprofundando ainda mais a complexa rede de dependências energéticas do país.

Por Paraíba Master

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