8 de novembro de 2025
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Lula muda planos e vai à Colômbia em missão de “solidariedade regional” para evitar escalada de tensão entre Venezuela e Estados Unidos

 Lula muda planos e vai à Colômbia em missão de “solidariedade regional” para evitar escalada de tensão entre Venezuela e Estados Unidos

Foto: Ricardo Stuckert

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (9) para Santa Marta, na Colômbia, onde participará da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A decisão de comparecer ao encontro foi tomada após avaliação do Planalto de que a presença de Lula pode ajudar a reduzir o risco de um confronto direto entre os Estados Unidos e a Venezuela, segundo informações do Portal Correio Braziliense.

O evento, que inicialmente tinha como foco estreitar laços entre América Latina, Caribe e União Europeia, deve ser dominado pela crise venezuelana. O Itamaraty reconhece que o tema será central nas discussões, especialmente diante das recentes movimentações militares americanas no mar do Caribe. A possibilidade de uma operação terrestre na Venezuela, sob justificativa de combate ao narcotráfico, acendeu o sinal de alerta em Brasília.

De acordo com o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, o Brasil busca atuar como ponte diplomática entre Washington e Caracas, mantendo uma postura de equilíbrio e defesa da soberania regional. Amorim ressaltou que o país tem responsabilidade direta na estabilidade da América do Sul. “Temos que defender a América do Sul. Nós vivemos aqui. O Brasil tem fronteiras com 10 países”, afirmou.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que Lula pretende reforçar durante a cúpula o compromisso brasileiro com uma “região de paz e cooperação”. A estratégia do governo é reafirmar o papel histórico de mediador do Brasil e evitar que o continente volte a ser palco de disputas externas. Paralelamente, representantes brasileiros devem seguir para Washington nos próximos dias para tratar das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos, demonstrando que a diplomacia brasileira segue em múltiplas frentes.

Por Paraíba Master

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